J.R.R. Tolkien um católico a serviço do Bem

A importância de J.R.R. Tolkien na luta contra o pecado

            Todo ser humano depois da queda de Adão e Eva nasce com aquilo que a Igreja chama de Concupiscência, que é uma inclinação para o pecado, para o mal. Esta concupiscência se dá de três formas chamadas de libido: a libido Amandi (relativo ao sexo e a comida), Possidendi (relativo à imaginação e ao ter, possuir coisas, riquezas...) a e Dominandi (soberba, querer ser como Deus).
            J.R.R. Tolkien é o criador e pai da literatura chamada Ficção Fantástica, isto é, o Pai da moderna fantasia Britânica. Sabemos que a fantasia se dá no âmbito da Imaginação, por tanto sua obra se dá no mundo fantástico, na mente. Ao contrário do que muitos dizem - penso eu - não é a internet hoje o maior continente a ser explorado e evangelizado, mas a Imaginação do homem. Por este viés é que se pode obter de Tolkien uma forma catequética moral e “fantástica” de se evangelizar no campo da imaginação, isto é, invadir o espaço da segunda libido da concupiscência, a libido Possidendi.
            Esta libido "tem por objeto as coisas que não se apresentam para a sustentação e o prazer da carne, mas que agradam à imaginação [delectabilia secundum apprehensionem imaginationis] ou a uma percepção semelhante, por exemplo, o dinheiro, o ornato das vestes, e outras coisas deste gênero. É esta espécie de concupiscência que se chama de concupiscência dos olhos" (2).
            Ler Tolkien e deixar-se guiar pelos personagens fantásticos de suas histórias, adentrar o mundo imaginativo de Tolkien é de uma profunda consolação para a alma, e um autêntico escape desta através da própria mente. Sua mitologia serve de forma pedagógico-catequética para se alcançar uma vida virtuosa e vencer a libido Possidendi. Ainda que toda a sua trama possa também auxiliar na luta contra as outras duas libidos, invadir hoje o mundo da imaginação, é adentrar numa área de evangelização muito assaltada por satanás, o tentador número um da imaginação do homem. Pois por meio dela (a Possidendi) é que inúmeros desastres ocorrem na humanidade e principalmente na Juventude. 
            Exemplo: Se o Funk hoje é fértil não é devido ao seu conteúdo propriamente dito, mas devido ao assalto no campo da imaginação, isto é, na libido Possidendi, onde constantemente, provocada pelos "barulhos sonoros" deste estilo musical, a ostentação, a perversão sexual, a apologia ao crime, a apologia ao sexo desregrado, a desumanização das mulheres tornando-as objetos de prazeres apenas, o rebaixamento da razão humana transformando os homens em seres meramente instintivos, etc. alcançam seu apogeu na juventude por este campo imaginativo provocado pelo gênero musical alienador. Ainda que toda a raiz da idiotização da juventude provém de raízes ainda mais fundas de viés político-ideológico, me atenho ao menos no campo espiritual.
            Por tanto, a leitura de Tolkien é de valor perene na formação dos cristãos na atualidade. Todo católico que queira ser psicologicamente saudável pode, sem medo algum, ler os contos, as obras, os livros, os ensaios e os poemas de John Ronald Reuel Tolkien. Pois este além de ter sido um católico fervoroso, era um profundo conhecedor dos dramas humanos retratados em seus personagens que são sem sombras de dúvidas símbolos eficientes na pedagogia duma promoção de uma nova humanidade. Uma humanidade sã mental, psicológica e espiritualmente.

Paz e Bem.
Por Bruno Otenio
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Notas:
1.
Sir John Ronald Reuel Tolkien, conhecido internacionalmente por J. R. R. Tolkien, foi um premiado escritor, professor universitário e filólogo britânico. Nascimento3 de janeiro de 1892, Bloemfontein, África do Sul. Falecimento2 de setembro de 1973, Bournemouth, Reino Unido. Obras Famosas: Trilogia O Senhor dos Anéis, O Hobbit, Silmarillion, Contos Inacabados, Filhos de Húrin, A Árvore e Folha, A Queda de Arthur, Cartas do Papai Noel, entre outros.  FilhosChristopher TolkienPriscilla TolkienMichael TolkienJohn Tolkien.
2. Terapia Das Doenças Espiritual - Padre Paulo Ricardo. Aula 1: As três desordens do pecado.

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