Maria Mãe de Deus
“Eis que conceberás
no teu seio e darás a luz um filho, e tu o chamarás com o nome de Jesus (Lc 1,
31) [...] e o Verbo era Deus [...] e se fez carne e habitou entre nós (Jo 1, 1.
14)”
A fé católica crê e
afirma ser Maria Santíssima a Mãe de Deus (Theotókos).
Essa é uma verdade de fé e pode ser provada
pela própria lógica humana. Sem abstermos o fato de que existe toda uma
teologia (mariologia) sobre o porquê se deu esta graça de ser Maria a Mãe do
próprio Deus. Existe uma economia salvífica nesta verdade de fé que nós homens
podemos indagar - de forma epistemológica
- sobre este movimento de Deus na história da salvação e na sua relação com
Maria.
Jesus
é o Verbo
O
Verbo é Deus
Logo, Jesus é Deus
Cremos que Jesus é Deus,
a segunda pessoa da Santíssima Trindade. O Filho de Deus Pai. Cremos ao mesmo
tempo que o Filho de Deus é também Deus. Ora, isso é possível se fizermos as
perguntas certas:
O que é Jesus? Resposta:
Deus. (essência, natureza, ser).
Quem é Jesus? Resposta:
O Filho de Deus. (Filho somente em relação ao Pai. É a práxis de Cristo: ser filho, estar em relação, servir, amar o Pai).
Seguindo este
pressuposto podemos sem medo de cairmos em erros linguísticos, lógicos e até
mesmo teológicos afirmar que realmente Jesus é Deus e Filho de Deus.
Na Santíssima Trindade
temos: Deus-Pai (Primeira Pessoa), Deus-Filho (Segunda Pessoa) e Deus-Espírito
Santo (Terceira Pessoa), Jesus é a Segunda Pessoa, isto é, o Deus-Filho, o
Filho consubstancial ao Pai, ou seja, da mesma substância, por isso gerado e
não criado. Por isso Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro.
Ora esta Segunda Pessoa
da Trindade se encarnou e entrou na história. E se encarnou como homem, no seio
de uma mulher, cujo nome é Maria. Por tanto Maria é a cheia de Graça, é a Mãe
do Filho de Deus que é também Deus. Ora seria o mesmo que dizer que Jesus é
Deus e Maria é sua Mãe, sendo assim, Maria é Mãe de Deus, porque Jesus é Deus.
Façamos mais uma
formulação lógica:
Maria
é mãe de Jesus
Jesus
é Deus
Logo, Maria é Mãe de Deus
Nesta lógica é que está
fundamentada nossa Fé católica na Mãe de Deus, no Dogma da Maternidade Divina.
Ao proclamarmos esta
maternidade divina de Maria, proclamamos na verdade a Divindade de Jesus. E aqui
entra o aspecto cristológico da mariologia. Tudo que é graça em Maria, o é por
causa de Jesus. O próprio nome de Jesus significa: Deus Salva! Quando o Anjo
anuncia que o nome do Filho de Deus seria Jesus, ele já estava demonstrando o
que seria a missão do Filho: “A Salvação”.
Por isso o sim de Maria é contributo a salvação. E salvação de todo o
gênero humano. Adão em Jesus e Eva em Maria. Mas sem negar que toda a
universalidade salvífica ocorre em Cristo.
As Testemunhas de Jeová
negam a divindade de Jesus, por isso negam também que Maria seja Mãe de Deus,
desta maneira esvaziam a Fé em Deus, reduzindo-o em um “deus” sozinho que vive
na solidão e estático. Ora negar que Jesus seja Deus, é negar assim toda a
Graça da Salvação provinda dEle. É negar toda a Revelação do Amor encarnado. É
negar a própria Bíblia que afirma que o Verbo de Deus (e também Deus Jo 1, 1)
entrou na história justamente para vencer a Morte pela Ressurreição. É negar
que Deus se fez homem, para fazer o homem Deus, ou seja, participante da
natureza divina (2
Pe 1, 4).
Só Deus salva e se Jesus
é o caminho de salvação, logo Ele é Deus – Eu sou o caminho, diz nosso Senhor
(Jo 14, 6), o caminho de salvação. Por isso, provar a divindade de Jesus é
provar também que Maria é Mãe de Deus.
Por tanto e sem medo, com alegria, com fé, podemos sim proclamar que
Maria é Mãe de Deus. Por que Jesus é Deus. Maria é um mistério nas mãos do
Altíssimo. Ela é cheia de Graça, pois é Mãe da própria Graça que é Jesus o
Filho de Deus Pai e nosso Senhor.
Totus Tuus Mariae
Por Bruno Otenio
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