Marilena Chauí: da classe média a média classe
Os
pobres vivem na alienação social, são esquecidos e manipulados sistematicamente
por meio de programas sociais estrategicamente distribuídos em momentos e
locais cardeais pelo Governo brasileiro;
Os
Ricos, por sua vez, vivem na alienação econômica em sentido objetivo. Vivem em seu próprio
mundo embebido de benefícios econômicos. Possui matéria prima e facilidades. O que
não possibilita-os ao investimento necessário na própria elevação intelectual.
Interessa antes o cuidado com o próprio patrimônio, a manutenção da própria
herança e ou o próprio aumento monetário. Não se trata de egoísmo intencional, mas social. Uma
espécie de orgulho próprio e natural, hereditário, de um status de vida superior economicamente e
"culturalmente", ao menos no que se refere a facilidade ao acesso cultural-internacional;
No entanto, ambos, ricos e pobres,
vivem na alienação existencial e no seu próprio universo.
Sobra tão somente a Classe Média em sua
diversidade ideológica. Uma espécie de caleidoscópio político, religioso,
cultural, social, acadêmico.
No entanto é esta classe que gera as
mais polêmicas questões em qualquer país. É esta classe que mantém o país longe
da alienação reflexiva. É a esta classe que pertencem os intelectuais
brasileiros.
Portanto é nítido que Marilena Chauí, [crítica da classe média] sofre de certa paralaxe cognitiva.
Ela diz odiar a classe média adjetivando negativamente esta classe sem antes
dizer a seus ouvintes que ela mesma é parte dessa mesma classe.
Sendo assim sou forçado a admitir que o conceito de "paralaxe
cognitiva" desenvolvido por Olavo
de Carvalho é completamente visível em Chauí.
Marilena Chauí sofre de uma espécie
de deslocamento, na sua obra e discursos, entre o eixo da especulação
teórica e o da experiência concreta que ela tem da realidade. Ou seja, sofre de
incoerência existencial visível em sua vida pública. Sua vida não corresponde a
sua própria realidade, seu discurso não encontra bases reais no mundo a sua
volta. Sua ação social não corresponde ao próprio objeto social.
A teoria do "louco" de G.K.
Chesterton (contida em sua obra Ortodoxia)
torna-se uma crença positiva e verificável também em Chauí:
"O homem que começa a pensar sem os apropriados primeiros princípios fica louco; começa a pensar do lado errado [...] a loucura pode ser definida como o uso da atividade mental de modo a atingir o desamparo mental [...] o louco, está numa prisão; na prisão de um só pensamento.” (Ortodoxia, 2008)
Demétrio Magnoli (em um vídeo resposta a própria Chauí:
link: https://www.youtube.com/watch?v=xWeQOxcY7i8) brilhantemente ensina
que a classe média não é uma classe inútil e sim temperada e viva. Ora a
Classe Média é sem dúvida a classe do movimento. A classe movente negativa
ou positiva de qualquer sociedade! É portanto necessário, para uma real analise
políca-social, o respeito a esta classe.
Por Bruno Otenio
Filosofia porcina, cospe no cocho em que come.
ResponderExcluirPleno acordo
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